sexta-feira, 31 de março de 2017

Atualização Mensal: Março 2017: R$ 142.740,69 (+ R$ 27.004,37)

Boa noite, amigos!
Primeiro trimestre do ano encerrado já! Logo as empresas divulgam os balanços e será hora de fazer a primeira reavaliação rápida dos ativos no ano de 2017.

Esse mês foi comum, sem novidades. Continuamos trabalhando duro, focado no crescimento da receita.

De gastos extras e fora do comum, tivemos a revisão do carro e trocas de pneus, o que me levou a desembolsar R$ 4.200,00, sem impacto nos aportes do mês corrente.

APORTES


Aportes Renda Fixa: R$ 24.750,00
Aportes Renda Variável: R$ 1.030,00
Aportes totais: R$ 25.780,00
Rendimento: + 0,87%
Fechamento: R$ 142.740,69



Felizmente, os aportes estão bem acima da meta que eu havia projetado, de R$ 8.500 a 10.000,00 mensais. Isso está sendo possível em decorrência do aumento da receita e corte de despesas.


INCREMENTO PASSIVO E DIVIDENDOS


Considerando a diferença da evolução patrimonial com o aporte realizado, tive um incremento passivo de R$ 1.224,37! Também recebi um dividendo da WEGE3 de R$ 1,59.




OPERAÇÕES REALIZADAS (COMPRAS BOLSA)


  • 8 RADL3: R$ 469,18; (papel novo)
  • 19 CIEL3: R$ 514,22; (papel novo)


Os valores acima estão com custos de liquidação, emolumentos e corretagem.


COMPOSIÇÃO DOS INVESTIMENTOS (RF e RV): 


Ignorando a renda fixa, e analisando a carteira de ações isoladamente, nesse mês tivemos uma rentabilidade de 2,87% (10,55% acumulado no ano).

Renda Fixa: R$ 136.057,58
Renda Variável: R$ 6.683,11


CARTEIRA AÇÕES:



A carteira está quase fechada, faltam apenas 3 papéis para finalizar, que provavelmente farei a compra no mês de abril. A partir de maio, passarei a organizar os aportes afim de manter a proporção dos ativos.

O período de estudo e análise das empresas escolhidas me deixaram bem mais seguro acerca da renda variável. Acredito que estou preparado para começar a aportar um montante maior nessa modalidade e não ficar preocupado em caso de quedas por longos períodos.

As próximas empresas que serão compradas são: FLRY3, ODPV3, PSSA3.


VALORIZAÇÃO INDIVIDUAL DOS PAPÉIS:


A título de curiosidade, até a presente data, os papéis flutuaram conforme segue:



As metas por enquanto estão sendo atingidas e o nível de aporte, sinceramente, está me surpreendendo, pois jamais esperava conseguir essa quantia em tão pouco tempo. Nunca ganhei tanto dinheiro como nesse ano e isso está sendo uma surpresa agradável para mim.

Espero que eu consiga manter esse ritmo. O aporte que eu havia projetado para esse ano era de R$ 8.500,00 a 10.000,00 mensais, ou seja, atingi mais de 50% da meta no primeiro trimestre.

Continuando na luta, o próximo objetivo de curto prazo são os 200k.


Devagar, em frente sempre!

sábado, 25 de março de 2017

Formação de Carteira - Novas análises

No post "Minha carteira. Como escolhi minhas ações?" realizei comentários acerca de alguns ativos iniciais que, na época, compunham minha carteira.

Eram eles:
  • ABEV3
  • EZTC3
  • GRND3
  • HGTX3
  • MDIA3
Após a análise do fechamento de 2016, essas continuam na carteira.

Daquele período até o mês atual, passei analisando outras empresas nos mais diversos segmentos, afastei algumas que não me interessaram (embora sejam empresas relativamente interessantes).

OBJETIVO

 

Assim, consegui concluir a escolha de minhas ações, cuja carteira será formada, por enquanto, por 12 ativos, na seguinte composição-objetivo:


A ideia foi escolher empresas que eu gostei dos balanços apresentados dos últimos anos, com perspectiva de redução/ausência de dívida; margens interessantes, lucros consistentes; receita consistente e de segmentos variados. Com o tempo, vou readequando esse percentual, ainda decidindo se devo equiparar os percentuais ou permanecer da forma como disposta.

Estou pendente em duas análises para ver se devo ou não incluir nessa carteira também, o que elevaria para 14 ativos, no caso, seria a HYPE3 e ARRZ3, por enquanto seguem na condição de "em estudo". (Caso for fazer, penso em reduzir as empresas com participação teórica de 12% e 10% para 8%, a diferença aportar nessas duas).

Levei em consideração, conforme já explicitado no primeiro post da análise da minha linha de raciocínio, alguns elementos subjetivos, pois quero ser sócio de empresas que tenham produtos que eu utilizaria no dia a dia.


Por exemplo, a empresa TOTS3, embora tenha tido aumento da receita nos últimos anos, um caixa e dívida equilibrado, principalmente frente ao EBITDA e um lucro consistente, eu não gosto da margem pequena para a empresa do setor e, especialmente, eu não gosto da empresa TOTVS, simples assim.


Tive contato com alguns sistemas e equipes de representantes da empresa no dia a dia (até porque sou usuário de alguns sistemas/equipamentos no fast food) e não gosto do atendimento, não gosto do sistema, não gosto do descaso.


Portanto, os números são agradáveis, mas por questões puramente subjetivas e sensoriais não quero ser sócio dessa empresa, se ela valorizar, sorte de quem comprou, nem vou olhar mais.

SEGMENTOS

As ações foram cuidadosamente escolhidas dentro dos meus critérios de modo a abranger diversos segmentos, tornando a carteira, ao menos na teoria, imune a problemas específicos, pois se um segmento vai mal, o outro seguraria as pontas e vice e versa, além de pulverizar melhor os riscos:



EMPRESAS

Segue algumas considerações rápidas do porquê da escolha de referidas empresas (continuando a numeração da postagem anterior):

6) CIEL3

Inicialmente, foi escolhida de modo subjetivo. Das experiências no mercado em si com as máquinas de cartão, em conversas com amigos etc, a Cielo de disparada é a melhor.

Das empresas que li e pesquisei, é a que possui melhor pacote tecnológico, possui investimentos em inovações e pesquisas para novas ideias e soluções, além de que o mercado de pagamentos ainda tem muito para crescer.

Em 2016 fechou com um resultado bruto superior aos demais anos, lucro líquido de 4 bilhões, margem de 34%, um caixa de 2,6 bilhões e reduziu a dívida líquida (caixa líquido) de 12 para 8 bilhões. A dívida ainda é alta, em decorrência da série de aquisições e investimentos em equipamentos para formação da base instalada, cujo retorno só se dá no longo prazo.




Ela investe bastante em novidades, conforme esse lançamento, um canivete suíço:


A máquina possui catálogo de produtos, cardápio, relatório de vendas, comprovantes, tudo disponível nela. Não cheguei a ver se ela consegue se comunicar com o eSAT para emissão de cupom fiscal, caso positivo, será um matador de diversos softwares, senão ainda permanecerá a necessidade de comunicação com um ERP tradicional, mas enfim.

É uma inovação bem legal e facilitará demais para diversas empresas pequenas do segmento, que poderá ter sua loja sem a necessidade de um computador por exemplo ou para aqueles vendedores autônomos / pequeno comércio de porta em porta. Tecnologicamente, adorei a novidade.

Uma churrascaria, por exemplo, não precisa mais de computador e aluguel de sistemas informatizados! Basta utilizar a própria máquina para calcular o preço do rodízio, os 10%, gerar a conta, fechamento parcial da conta, o pagamento do cliente, comprovantes digitais enviados direto no email!
E ela roda APPs ainda, ou seja, o estabelecimento poderia personalizar e instalar diversos outros aplicativos específicos para o seu segmento.

Esse ano serão apenas 50 mil unidades nas ruas, a meta para os próximos 5 anos são 1 milhão de máquinas. Mais do que "máquina de pagamento", acredito que a CIELO criou um mercado totalmente novo aqui, com inúmeras possibilidades.


7) EGIE3

Queria uma empresa do setor energético, pois é um segmento que a demanda sempre vai existir. Procurei no segmento elétrico as empresas listadas e analisando os números e a que mais me agradou foi a Engie, antiga Tractebel, sendo a maior empresa privada de energia do Brasil.

Sua controladora é um grupo franco-belga que atua desde 1958 no país, e é o maior distribuidor independente de energia do mundo, com atuação em toda a cadeia: exploração / produção / transporte / distribuição e comercialização.

Know how não falta.

Gostei do site da empresa, que mostra todo o parque tecnológico, hidrelétricas, termelétricas, dados de produção do ano, capacidade instalada, em uso etc e ela sobreviveu bem ao golpe do setor energético (Medida Provisória 579/2012).

Levantei que possuem 9 hidrelétricas; 3 termelétricas; 13 termelétricas complementares (biomassa, eólica, PHC, solar); e mais 6 em construção (sendo 5 eólicas e 1 carvão).

Ela está em expansão constante, tendo expandido 89% desde 1998.  Ainda, ela possui contratos com diversas distribuidoras (fazendo com que esteja menos refém das turbulências) e foi pioneira no mercado de Cliente Livre (que permite que determinados consumidores escolham diretamente o fornecedor de energia elétrica), possuindo diversos contratos nesse segmento com venda já realizada para 2017, isso dá mais previsibilidade e garantia do fluxo do caixa.

Distribui semestralmente 55% do líquido. Em 2013, como estava com caixa e sem necessidade de investimentos, distribuiu 100%.

Com o fechamento de 2016, marquei posição:


Patrimônio estável, receita e lucro consistente, margem boa, quase 2 bilhões em caixa, dívida extremamente controlada.

8) FLRY3 e 9) RADL3


A compra dessas duas foi aleatória. Em decorrência dos diversos exames que eu fiz, mais os da minha esposa com o pré-natal, aliado ao fato de que a população brasileira está envelhecendo, sem dúvida alguma os gastos com medicamentos e exames laboratoriais vai aumentar muito.

Dito isso, sai à caça de empresas do segmento de saúde, tanto para exames, como para vendas de medicamentos.

Das empresas de análises clínicas, a dúvida ficou entre a PARD e a FLRY. Mas a primeira, PARD, tem uma picuinha entre os sócios controladores. Não sei a origem da briga, mas perderam um excelente negócio de fusão porque uma irmã não quis assinar o documento de fusão, aquela coisa de "nossa, vocês analisaram tudo sem mim, não assino também".

Fechou 2016 muito bem, com 229 milhões de lucro líquido, margem de quase 11%, receita de 2 bilhões, 400 milhões em caixa e uma dívida de 400 milhões, mas controlada.

O RI dela, pelo que levantei e pude analisar, é espetacular. E a FLRY possui um capital de giro muito robusto, sendo até superior do que o lucro líquido dela. Nos últimos 2 anos ela está pagando as dívidas e não pegou nenhuma dívida nova, trabalhando com recursos próprios. Ponto positivo.

Segue vídeo de testes inovadores na área de oncologia, para curiosidade:



Desses dados, me pareceu uma empresa bem estruturada e focada no crescimento orgânico.

FLRY3


A RADL3 foi mais fácil, queria comprar algo do tipo e sempre vejo as farmácias dela extremamente bem localizadas, com um SSS excelente. Olhei os números, gostei e entrou para a lista.



Apenas a título de curiosidade, essa ação valorizou tanto nos últimos anos que R$ 10.000,00 em RADL3 em 2000, sem qualquer aporte, se transformaram em R$ 12.200.000,00 de reais em 2016.

Investiu 10 mil reais para ter 12 fucking milhões de reais! Uma valorização absurda de 122.280% !!!!

Quero que apenas uma das que eu estou comprando aconteça isso até 2035!!

10) ODPV3

Essa eu comprei porque li que era uma empresa boa, pesquisa vai, pesquisa vem, constatei que os números são ótimos e está investindo pesado nas relações de planos odontológicos corporativos, especialmente para micro e pequenas empresas.


Possui uma rede de 28 mil dentistas espalhados em 2,3 mil municípios, ou seja, presente em aproximadamente 50% das cidades do país.

Outro dado interessante, é que o Brasil possui 280 dentistas por mil habitantes, mas somente  11% da população tem plano dental. Os EUA, possuem 160 dentistas para cada mil habitantes e 60% da população com plano dental. Uma grande possibilidade de crescimento com mudança cultural.

O valor dos planos também são aceitáveis, R$ 400,00 ao ano ou R$ 40,00 por mês. Acho que até eu vou fazer um plano e divulgar para os amigos. Pois gasto bem mais que isso ao ano e ainda ajudo a empresa a ganhar valor com a propaganda boca a boca. Parece interessante.



11) PSSA3



Fui atrás de saber dessa empresa com a renovação do seguro do meu carro. O seguro mais barato que consegui, coincidentemente na Porto Seguro, foi de R$ 4.000,00 com franquia obrigatória de R$ 9.500,00.

Então resolvi analisar o segmento e ver se poderia "ser sócio" dessas empresas.

Das empresas do segmento listadas na bolsa, de seguridade (previdências e seguros) me deparei com poucas. Uma excelente disponível era BB Seguridade e Participações (BBSE), mas não quis comprar por ser do BB, estou tentando distanciar de coisas que tenham relação tão direta com o governo. Mas é uma excelente opção, foi puramente subjetivo.


Outra do segmento que verifiquei é a PARC (PAR Corretora).  Números interessantes, mas nova na Bolsa ainda, então deixei na reserva para nova análise em 2018 ou 2019, se continuar boa e crescendo, pode ser uma futura compra.

A Porto está entre as maiores do país, atua em todas as linhas de seguros, possui serviço de "operadora virtual de telefonia", o itaú é dono de 30% (acredito que isso implique em governança excepcional), possui cartão de crédito, seguro aluguel e agora o serviço de "carro por assinatura".

Você paga um valor por mês fixo e usa o carro no dia a dia. As despesas de IPVA, taxas, documentação, manutenção e seguros é da Porto Seguro. Você fica responsável pelo combustível, e só.
Para mim não é uma opção viável, pois eu acostumei com carros de segmento Premium e uso muito (devo gastar entre 10 a 20 tanques de gasolina por mês).

Mas se eu usasse o carro só para "trabalho, casa, mercado", não pensaria duas vezes... Pois somando o valor da depreciação, manutenção, tributos e seguros, além do valor do próprio veículo em si, acredito que fica mais barato esse plano, não fiz as contas, mas brasileiro precisa do "bem em seu nome", então é esperar para ver o que acontece.

Além disso, li, mas não me recordo onde, que a Porto Seguro já está pensando em novas tecnologias (realização de seguro personalizado, conforme o meio que cada pessoa dirige o veículo usando Big data) e também buscando soluções futuras para os carros autônomos.

Caixa e dívida para esse segmento sempre serão nesse estilo, altos e zerados, posto que recebem o dinheiro primeiro (seguro) e depois gastam (sinistros).

De qualquer forma, o patrimônio, receita e lucro seguem em crescimento.




12) WEGE3

Como mencionado no post anterior sobre minha carteira, não conhecia essa empresa, mas me assustou durante as pesquisas realizadas dada a quantidade de produtos, tecnologia e tamanho da empresa!

Conforme último WEG DAY realizado, uma apresentação para analistas e investidores, ela atua em diversos países (em todos os continentes), desenvolvendo motores, transformadores, distribuidores etc

Para quem tiver curiosidade, vale a pena a leitura da apresentação do WEG DAY 2015, só para conhecer o tamanho dessa empresa!

Na Ásia possui 13 escritórios de venda, 38 distribuidores e 3 fábricas, além de 34 assistências técnica.
Uma delas possui 1000 empregados, produzindo 360 mil motores de baixa voltagem ao ano; outra tem 1500 empregados, com capacidade de produção de 1,5 milhão de motores de baixa voltagem ao ano!

É uma gigante do setor. Confiram o portfolio de apenas um dos continentes em que atua (em outros produz até mais coisas, tais como: tinta, tinta em pó, verniz, disjuntor, fontes, fusíveis etc).



Ainda, os números são ótimos, com Patrimônio sólido, receita e lucro em crescimento/consistentes, margem estáveis, caixa em crescimento e suficiente para pagamento de toda a dívida, se quisesse! Essa empresa me deixou orgulhoso de ser brasileiro, e agora sócio.


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Conforme colocação no início, agora a carteira-objetivo contém 12 empresas, com algumas separadas para estudos futuros.

E, da mesma forma que no primeiro post, adorei pesquisar sobre as empresas e fugir do senso comum de que "bolsa é petrobrás ou vale".

Ressalto, ainda, que o escopo desse post foi a de elucidar qual é a minha linha de raciocínio ao comprar um papel, devendo cada um desenvolver seus próprios métodos e critérios. Sou leigo no assunto e as minhas postagens NÃO devem ser utilizadas como referência para a tomada de decisões. Sugiro que estudem e desenvolvam seus próprios métodos e conclusões.

 Abraços e até a próxima!